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Sua mente anda esquisita? Pode ser só a bioquímica bagunçada. Ou não só

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Somos o que repetidamente fazemosA excelênciaportantonão é um feitomas um hábito

Aristóteles

Caríssimo leitor. Outro dia, acordei muito cansada. Mal tinha começado o dia e já estava com a cabeça meio nublada, sem vontade de nada, e ainda por cima irritada com a minha própria irritação. Pensei com meus botões: acho que isso vale um texto para o meu blog. Afinal, quem nunca viveu isso?

Pois bem: se você também anda assim – esquisito, oscilante, sem paciência, sem energia, esquecendo palavras simples ou encarando o teto às três da manhã -, calma. Pode ser só sua a química cerebral pedindo socorro. E não, isso não quer dizer que você esteja “pirando”. Pode ser que você esteja apenas… moderno demais.

Nosso cérebro é movido a substâncias. Dopamina, serotonina, cortisol, gaba, norepinefrina – nomes complicados para efeitos muito reais: motivação, prazer, sono, foco, apetite, humor. Quando esses senhores e senhoras estão equilibrados, tudo flui. Quando estão bagunçados, nem a meditação com música de baleia dá conta. Opa! Existe isso, música de baleia? Ou inventei? Não importa…

Vamos combinar uma coisa? Não dá para viver bem comendo qualquer coisa, dormindo mal, roendo o feed do celular até duas da manhã e esperando acordar pleno, focado e animado. A conta chega. E não é só física – é mental.

A dopamina, por exemplo, é o combustível da motivação. Mas hoje, com tantos estímulos fáceis, a gente vive dopaminado à força: Instagram, Tik Tok, chocolate, apostas e compras online, vídeos curtos.

O prazer vem rápido, mas vai embora mais rápido ainda. Resultado? A motivação verdadeira desaparece. A gente sabe o que tem que fazer, mas não sente vontade. Surge a tal procrastinação. Aposto que você reconhece isso.

A serotonina é outra injustiçada. Ela regula o humor, o sono, o apetite. Se você anda explodindo por qualquer coisa, comendo sem fome, ou sem comer nada, dormindo picado, pode ser que ela esteja em baixa. Falta sol? Falta banana? Falta pausa?

E o cortisol? Esse, sim, merece um livro. É o tal hormônio do estresse – necessário, claro. Mas quando vive disparado, desregula tudo: o sono, o humor, o peso, a memória, a vontade de existir.

Mas tem salvação. E acredite: ela começa bem antes de você procurar um médico. O melhor remédio ainda é o seu prato. O melhor coadjuvante é o seu corpo em movimento. Ser ouvido também ajuda. Caminhar com alguém, rir no meio do dia, dançar uma música com ritmo gostoso no quarto.

Claro que há momentos em que só isso não resolve. Tem gente que não consegue mais produzir esses neurotransmissores sozinho. E nesses casos, sim, existe ajuda profissional, protocolos, abordagens integrativas, tudo com ciência e cuidado.

Mas antes de medicar o mundo, talvez a gente precise reaprender a se cuidar. Comer direito. Dormir melhor. Tomar sol de verdade. E desacelerar.

Como dizia Aristóteles, “Somos o que repetidamente fazemos”. Pois é: se você repete cansaço, excesso, descuido, o resultado vai ser um só.

E só para não deixar você me pegando depois nos comentários: essa frase que citei é comumente atribuída a Aristóteles, mas quem escreveu exatamente assim foi o historiador Will Durant, ao comentar a “Ética a Nicômaco”. Aristóteles talvez não tenha dito com essas palavras, mas com certeza pensava com essa lógica. Pronto, esclarecido. Podemos seguir.

Agora me diga com sinceridade: você anda se tratando como alguém que merece bem-estar? Ou está empurrando a mente com estímulo e cafeína? Só para lhe deixar informado, não tenho o hábito do café, mas adoro o capuccino, quase como sobremesa, pelo chocolate. Quero dizer, pela dopamina, que me dá prazer!

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