“A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original” Albert Einstein
Você já teve a sensação de que sua mente está nublada? Como se o raciocínio estivesse mais lento, a memória escapando por entre os dedos e a concentração virasse um desafio até para as tarefas mais simples? Essa sensação, tão comum nos dias de hoje, tem sido chamada de “brain fog” – ou névoa cerebral.
Não se trata de um diagnóstico oficial. É uma expressão emprestada da experiência de quem vive isso na pele. E é curioso como a linguagem nos ajuda a nomear o que sentimos. Porque, de fato, é uma névoa: não dói, não paralisa, mas impede. Impede a clareza, a leveza, o fluxo natural do pensamento.
Recebo muitas pessoas assim no consultório: exaustas, frustradas, sentindo-se desconectadas de si mesmas. “Dra. Déborah, não sei o que está acontecendo. Eu simplesmente não funciono mais como antes”. E então começamos a investigação. Às vezes, é um sono comprometido há meses. Noutras, uma ansiedade que silenciou o pensar. Em certos casos, uma inflamação crônica, uma disfunção hormonal, um luto não reconhecido.
A Medicina nos mostra que muitas condições podem gerar essa lentificação mental: da depressão à menopausa, da Covid longa à deficiência de vitaminas, da apneia do sono ao estresse cotidiano mal gerido. Mas eu, que também sou psicanalista, vejo nisso algo mais.
Vejo uma espécie de recuo do “eu” diante do mundo. Um movimento inconsciente de proteção – como quem apaga as luzes para não ver o caos. E quando a mente se fecha, como diz a epígrafe de Einstein, ela encolhe. Deixa de crescer, de se abrir, de se reinventar.
A névoa cerebral é, muitas vezes, o sintoma do cansaço de existir em um mundo que exige demais e oferece de menos. É o grito mudo de um corpo-mente que clama por pausa, por escuta, por reorganização interna. E não: não se resolve com um comprimido. Tampouco com uma “dica” de rede social. É preciso um olhar atento, um cuidado estruturado, uma abordagem que una ciência e afeto, como procuramos fazer aqui no Instituto InovaMente.
A boa notícia é que essa névoa pode sim se dissipar. Com tempo, com escuta, estratégia e, sobretudo, com o compromisso de tratar a pessoa como um todo. Cuidar do sono, da nutrição, da alma, das emoções, dos vínculos. Reabrir caminhos por onde o pensamento volte a circular.
Porque a mente – ah, a mente! – quando reencontra sua clareza é capaz de coisas extraordinárias. E como Einstein tão bem lembrou, uma vez aberta para novas possibilidades, ela jamais retorna ao tamanho que tinha antes.
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